Por um bom tempo conseguimos nos manter um tanto distantes da crise mundial, mas agora chegou a hora de a enfrentarmos também. Esta crise com certeza ainda não atingiu o seu auge no mundo, e portanto, há possibilidades de termos de enfrentar situações mais duras neste país também.
O governo brasileiro infelizmente perdeu o “bonde da história” ao se atrelar em políticas monetaristas na economia. Planos ortodoxos dos meninos de Chicago costumam funcionar em países desenvolvidos e com boa distribuição de renda e boa infra-estrutura na economia, o que passa longe do caso brasileiro.
Adotar medidas duríssimas na economia como o aumento insano dos juros e aumento da cobrança de impostos, além de redução dos benefícios sociais conquistados nos ultimo dez anos, é um tremendo erro. No passado recente no fim dos anos noventa, também mergulhamos em crise com inflação alta, e taxa de juros Selic superiores a 26% ao ano e não deu certo.
A mídia fez uma grande pressão para que país contasse com um monetarista no poder em Brasília alegando que isto controlaria a inflação e a Presidenta cedeu as pressões. Uma pena.
Pior ainda que neste nosso país, a maioria é de trabalhadores descamisados que ganham muito pouco e são estes que são novamente chamados a contribuir com seu sangue suor. Quando aumentamos os juros e impostos, apenas os trabalhadores pagam, é claro.
Vivemos num Brasil de taxas de impostos lineares, mas infelizmente os poderes executivo, legislativo e judiciário vivem numa bolha de ilusão e são absolutamente insensíveis aos apelos e sofrimentos da população.
Quanto mais se tira da classe trabalhadora, certamente alguém passa a ganhar esta quota-parte retirada. Na economia nada desaparece, apenas transfere de mãos.
Não, realmente o governo de Lula e Dilma se perderam por falta de ações complementares ao bom momento que o país vivia, faltou inteligência, audácia, e agora caímos nesta esparrela ortodoxa que corta a inflação simplesmente anulando a demanda, pouco criativo e nada inteligente para um país com duzentos milhões de habitantes e com taxas reais de desemprego próximas de 10%.
E as conquistas sociais dos trabalhadores? Foram perdidas.
E o aumento dos impostos sobre ganhos de capital, ações, heranças e juros? Nada, nada, nada…
Na direção da Economia necessitamos de pessoas capazes, competentes e criativas e não estas que dirigem este país há pelo menos vinte anos.
A elite financeira, menos de 0,5% da população, fez duzentos milhões de reféns! E riem à toa.
Por Atama Moriya, em 25 de junho de 2015.
È em seis, sete meses nada mudou. O seu post cabe exatamente no hoje. Juros, taxa CPMF, desemprego, inflação, etc E o 0,5% nem aí. Provavelmente com imersos tentáculos nas câmaras, e em outras instituições chaves. E o que dizer da lavagem de dinheiro por exemplo?
Tudo meio caótico, mas o que podemos fazer?
Nâo nos perdermos e manter o foco e continuarmos fazendo e fazendo…
e nos inspirando internamente em outras forças, em outros imagens e criando saídas.
Bem, é isso!
tks
Abraço
Clara