Capítulo 7 – O Amor, o Homem e a Mulher

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Na ânsia de ser amado e sem se aperceber, os seres buscam desesperadamente o poder, a fúria, o egoísmo para controlarem as pessoas, para moldarem aqueles que devem permanecer a seus pés amando-os por sua força, por sua magnitude, seu poder, por sua beleza, por sua sedução, por suas vaidades, por sua imposição, e buscam, como nos tempos das cavernas ações incessantes de chamar a atenção para si, como si fosse o centro do mundo e a quem todos deviam venerar e se sentir endividados.

É assim o amor que estes seres podem dar, e por isso, assim se contentam em receber, e nisto se bastam.

Humilham para dominar, caçoam para crescer, chantageiam para dominar, exploram para serem reis, e em troca recebem o respeito que eles entendem ser Amor; entendem porque nada sabem do verdadeiro amor e não são capazes de reconhecê-los posto que não existe dentro de si.

Como os seres saberiam o que é vermelho se não conhecem o vermelho. Ainda como primitivos das cavernas, continuam de vida em vida em busca de amor, mas não seria capaz de primeiro aprender a amar?

Só saberão o que é vermelho, quando se abrirem para nascer o vermelho em seus corações, enquanto isto, tolamente cegos, buscam na aspereza da vida a sua sede de amor e definitivamente não vão encontrá-lo e assim morrerão sem conhece-lo, por isso a vida deve ser efêmera, para que a imperfeição se desfaça e se criem novas oportunidades para nova busca deste Amor Divino que não é ilusão, mas a única realidade de suas existências, o caminho do amor a Deus e de Deus, a rota da felicidade eterna.

Longe ainda da perfeição divina, o homem e a mulher devem se entregar nesse amor mais evoluído, mais puro, mais abrangente, e uno a todos, pois, como mônadas de uma mesma mônada, sabem que amor não se restringe a ambos, posto que pobre e limitado é ainda, mas já é tempo deste Amor crescer e se expandir a todos os irmãos da Terra, seja, mineral, vegetal, animal ou hominal.

Não cabe mais este amor restrito, fechado em “famílias” como se os outros da ilha nada valessem e nada importassem.

Este pequeno amor a uns apenas, nada mais é do que o mesmo amor primitivo das cavernas, muito pequeno na Era de Aquarius, fechado em si mesmo, cheios de imposições e condicionantes, como:

“eu te amo porque você me ama”
“eu te amarei eternamente, desde que você também me ame”
“eu te amarei hoje se você continuar a me respeitar”
“eu te amo loucamente, mas não mais que meus filhos”
“eu te amo porque tu me és fiel, mas se me traíres…
“eu te amo porque tu és um bom marido, trabalhador, pai de família”
“eu te amo porque és uma boa mãe de meus filhos”
“eu te amo porque me respeita como Pai de família e me é obediente”
“eu te amo porque trazes sustento para nossa família”
“eu te amo, mas se me traíres, te trairei também”.
“eu te amo porque é sangue do meu sangue, é minha família”

Reparem que impomos a todo o momento condições, e se acaso, largássemos tudo por um chamado do Cristo, rapidamente seremos execrados e substituídos…. isto é tudo que sobra neste amor fraco, dependente, e por isto mesmo, como dizem muitos românticos, insubstituível. Claro, insubstituível por um grande amor, o Amor de Cristos, abrangente, forte, maduro, grande e poderoso que não irá durar uma vida de carne, mas vidas eternas que estão no porvir.

Ahh, mas este Amor Divino ele não existe nas mentes, mas precisa ser conquistado pelos corações, embora dote de nossas mônadas, por herança cósmica de nosso Criador, ele somente se faz presente quando dele fazemos uso em vida, e como uma única moeda herdada, ela magicamente se multiplica e mais moedas recebemos quanto mais as doamos a nossos irmãos.

“Queres apenas os amores de hoje? Então, morram por imperfeitos”

“Cristo, quem é meu pai, minha mãe, meus filhos, meus irmãos?”

“Porque se vós amais não mais senão os que vos amam, que recompensas haveis de ter? Não fazem os publicanos também o mesmo? E se vós saudardes somente aos seus irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios?” (mt-5-43)

E Cristo, estendendo a mão sobre os seus discípulos, disse: “Eis ali minha mãe, e meus irmãos. Porque todo aquele que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus: esse é meu irmão, e irmã e mãe.” (mt-12-46)

Perguntem ao seu Cristo, quem é seu pai, sua mãe, seus filhos, seus irmãos? Vamos, criem coragem e perguntem. Perguntem também quantos tipos de amor o Pai criou?

Não vos apegueis ao desejo de serdes amados, mas primeiro amem ao próximo, aos inimigos, aos estranhos e podereis desfrutar e conhecer do Amor de Cristo, a razão única de sua existência na terra.

Vós não existíreis sobre esta face da terra senão para aprender-vos a amar, e não necessiteis serdes amados, pois que o Pai vos fizestes completo e inteiro por Amor a vós para que também o copiasse e se fizesse igual a Ele, como a um verdadeiro “filho de Deus”.

Quando conheceremos o Amor Incondicional? Pode haver um Amor Incondicional para uns, mas não para outros?

Podemos amar nossas mulheres e maridos de verdade, ou assim acreditarmos, mas não somos ainda capaz de dar este mesmo amor a estranhos, a famintos, aos miseráveis, aos inimigos. Como é possível tê-lo incondicional para uns e não para todos, pois, se assim for, ele não existe como incondicional, mas apenas como sobra deste, ainda embrionário, infantil, imaturo, incompleto e às vezes o temos e na maioria das vezes nem nos lembramos dele.

“Ó Humanos, não vos vangloriei por achardes que já tens tamanho para merecer bodas de ouro nos céus, sem contudo, nem conseguirdes amar o seu próximo. És mortal e assim continuarás até fazer-te grande em Cristo que nos ama incondicionalmente”.

O verdadeiro Amor de Cristo é o que precisamos cultivar em vida, reconhecendo que ainda não o temos, humildes; mas deste reconhecimento nos esforçarmos para atingir o mesmo padrão de amor que os Mestres, os Iluminados, os Mártires desta Humanidade nos deixaram como exemplos a serem seguidos e jamais transforma-los em nossas mentes como seres “loucos e insanos” que se doaram por valores ilógicos. Como faremos para reconhecer o vermelho para que ao menos possamos conhecê-lo nesta vida? Quem de fato nasceu primeiro, Adão ou Eva?

Todo dia é dia de nos esmerarmos para conquistarmos um pouco a mais do Verdadeiro Amor de Deus, concedendo-o a todos os nossos irmãos, amigos, inimigos, feios ou belos, bons ou maus, e não somente guardando-o em pedacinhos simbólicos aos que consideramos “nossos” porque estes nos amam e assim podemos retribuir. Que infantilidade!

Todos somos Um e Um somos Todos, Huma-unidade, ligados umbigo à umbigo, coração a coração, Amor por Amor a Deus que habita em todos os corações que pulsam na Terra sejam minerais, vegetais, animais ou hominais.

– continua –

Atama Moriya

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